domingo, 26 de março de 2017

Projeto Historiquices - Abril

Lucrécia Bórgia

Este mês pegamos numa figura que tem tanto de emblemática, como de sinónimo de perfídia feminina.

Lucrécia nasceu da relação ilícita de seu pai, na altura cardeal, Rodrigo Bórgia, e da sua amante de longa data Vanozza Catanei, embora tivesse várias em simultâneo.
Rodrigo Bórgia tornou-se Papa, adotando o nome de Alexandre VI e, desde aí, procurou para sua filha - e, consequentemente, para si - um casamento e uma aliança frutíferas. Ela foi casada aos 13 anos de idade com Giovanni Sforza, uma das grandes famílias de Itália, mas devido á sua tenra idade, o casamento não foi consumado.
Quando a aliança com os Sforza deixou de ter sentido para Alexandre VI, ele ordenou ao seu filho Cesare, que foi para o sacerdócio obrigado, pois ele era mais soldado que padre, que livrasse a sua irmã desse "inconveniente", pois ele já tinha outro marido em vista para ela.
Como Giovani Sforza e Afonso Biscegli, o segundo marido de Lucrécia tiveram umas mortes prematuras e suspeitas, toda a Roma falava de envenenamento, incesto fraterno e paterno, orgias e deboche. O nome de Lucrécia sempre ficou associado a tudo isso.

A verdade: sim, o irmão Cesare matou-os a mando de seu pai, tudo para o engrandecimento da família. Lucrécia sempre foi apenas e só, um peão - bem alimentado, vestido e calçado, mas nada mais que isso, que eles dispunham a seu belo prazer, como lhes era mais vantajoso. Não me parece que nada do que lhe era imputado de mais escandaloso fosse verdade.
Lucrécia revelou ser uma dama da Renascença de pleno direito, pois com o seu terceiro casamento, foi reconhecida como culta, educada, gentil, uma benemérita reconhecida, mãe incansável para os seus filhos e inclusivamente teve a regência do ducado de Ferrara, durante as ausências de seu marido Afonso D´Este. 
Lucrécia fez do ducado de Ferrara um sítio de congregação de escritores, pintores, poetas, um sitio onde a cultura renascentista fervilhava em todo o seu esplendor.
Morreu após dar á luz o seu oitavo filho, mas deixou para trás um legado de escândalos e maledicência que perdurou estes séculos todos.

Será esta a figura grandiosa sobre a qual nos vamos debruçar no mês de Abril, e, como é costume, segue-se um lista de sugestões para quem quiser acompanhar-me.

Livros














Filmes

Bórgia - um filme espanhol que retrata toda a família

Séries

Os Bórgias - com o Jeremy Irons

Borgia Fé e Medo - uma série de 2011, sem o aparato da anterior

Kisses da vossa Geek



8 comentários:

  1. Dos livros que mencionas apenas li A Noiva Bórgia e gostei muito. Um outro livro que adorei é A Familia de Mario Puzzo (o mesmo autor do Padrinho) e é precisamente sobre os Bórgia.
    Ainda não sei bem o que irei ler mas vou tentar ver a série com o Jeremy Irons (e a ver se corre melhor do que Março pois não consegui participar com nada =( )
    Beijinhos

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    1. A Noiva Bórgia ainda não li mas esse livro do Mário Puzzo também é a minha referência - só não o pus aqui porque não fala só sobre ela, maa está excelentemente bem escrito.
      Ora essa participas como e quando queres😁
      Beijinhos

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    2. Mas olha que a Noiva Bórgia também não fala só sobre a Lucrécia. A personagem principal é quem vai casa com o irmão mais novo dos Bórgia (que não me recordo do nome) e que depois se apaixona pelo César Bórgia.
      Li os dois e adorei-os mas o do Mário Puzzo é superior =D
      Eu gostava de participar sempre e ao máximo mas não dá para tudo eheheh
      Beijinhos

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    3. Ah então fui enganada pelo título! Mas o do Mario é superior ao que já li, tiranso a bio da Genevieve Chastenet - que está aqui na lista.
      Claro que o tempo é escasso e que não podemos estar em todas, não ae pode stressar por causa disso sen ficamos com rugas hehehhe
      Beijinhos

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    4. Sim, o Bórgia do título é tipo "emprestado" eheheh
      Claro, mas pronto, fica sempre aquela sensação de querer sempre mais e mais XD
      Beijinhos

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  2. Estou a pensar ler o "Família" do Mario Puzo :)

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    1. Que grande livro esse! Já o reli umas poucas vezes, e surpreende-me sempre.

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