sexta-feira, 16 de dezembro de 2016







TBR Maratona Fusão 2

Pois é, mais uma maratona que aí se avizinha e mais uma listinha de desafios a cumprir.

Esta maratona foi organizada pela Cláudia Simões do canal do Youtube e blogue A Mulher que Ama Livros e da sua irmã Daniela do blogue DeLivros e vai decorrer do dia 17 ao dia 28 de Dezembro.

Há 4 categorias ou desafios e um 5º desafio extra, para quem tiver cumprido os outros 4 .

1º - Agora é que é! Lê um livro que já insistiram mais de 100 vezes para leres.
Escolho este, não porque tenham insistido muito comigo - é mais o contrário - mas porque foi uma recomendação da Dora Santos Marques.


2º - Ignora a capa e lê o livro. Escolhe um livro com uma capa feia que dói.
Este vou fazer leitura conjunta com a Claudia Simões

3º - O ano está a acabar. Lê aquele livro que andas a dizer desde o ano passado que precisas de ler urgentemente.
Mesmo verdade! E vi o filme á pouquíssimo tempo - fiquei ainda com mais motivação.

4º - O Natal é das crianças. Escolhe um livro que tenha uma criança/adolescente como protagonista.
A minha estreia com este autor.

5ª - (extra) Escolhe 3 livros e pede a um participante da Maratona Literária Fusão que escolha a tua próxima leitura. Este, como disse em cima, é só para quem tiver cumprido os 4 desafios na íntegra.

Em qualquer partilha nas redes sociais usar a hashtag #mlfusao

E vocês? Vão participar? Contem-me tudo.

Kisses da vossa Geek.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016




OPINIÃO


A COISA TERRÍVEL QUE ACONTECEU A BARNABY BROCKET

Foi a minha estreia com John Boyne e com um livro que me disse tanto e a tantos níveis.

Barnaby é o 3º filho de Eleonor e Alistair Brocket, uns pais que se descrevem da seguinte maneira

"duas pessoas que tinham tanto medo de alguém que fosse diferente"

Henry e Melanie são os irmãos mais velhos de Barnaby, que simplesmente o adoram como ele é - ele flutua! Desde o nascimento que ele tem que ter pesos  atados a si, caso contrário iria a subir pelos céus fora.
Quem não aceita esta diferença é quem o deveria aceitar e amar incondicionalmente - os pais.

"levava uma vida normal numa casa normal, num bairro normal onde fazia coisas normais e de forma normal. A sua mulher era normal tal como os seus dois filhos"

Desde sempre que o escondem de todos, sentindo vergonha deste filho diferente e que na opinião deles" chama as atenções" e isso, para eles, é algo extremamente desagradável. Mas Barnaby, como menino rejeitado que é, tenta por tudo não desagradar aos seus pais

"Barnaby não apreciava a sensação. Era como se pretendesse ser alguém que não era."

Este é um livro infantil, mas que me parece dever ser lido por muitos adultos, pois toca em assuntos como exclusão, bullying, solidão, afastamento emocional por parte de familiares. Menciona também de forma acessível a homossexualidade e o envelhecimento. Mas o foco principal será a autoestima, a bondade por parte de estranhos e no facto de sermos capazes de trilhar o nosso próprio caminho sem ligar a quem nos quer pôr para baixo, simplesmente porque não somos a "norma".
A escrita é bonita, fluída e acessível e transmite proximidade com Barnaby, com o que ele vive, com o que sente, as suas dúvidas, avanços e retrocessos. Os temas foram tratados com positivismo e clareza - faz falta mais livros assim, pois apesar das metáforas utilizadas para os tratar, foi percetível a mensagem inerente que o autor quis passar.

Por causa da sua diferença Barnaby vai viver uma grande aventura. E é também por causa da sua diferença  que ele vai pôr em causa as perceções pelas quais regeu a sua (curta) vida.

"A maior parte das histórias não tem um final feliz"

Mas esta tem.

Kisses da vossa Geek

domingo, 11 de dezembro de 2016



VAMOS AO CINEMA COM.....


CAPTAIN FANTASTIC




Pois é geeks, inverno...... altura de casa quentinha, mantas e bons filmes.

O titulo pode induzir em erro, por pensarmos nos múltiplos filmes de super-heróis Marvel e DC que ultimamente grassam pelas salas de cinema. Nada mais afastado disso! Este é um filme de pessoas reais, de situações reais e que fazem refletir sobre o mundo à nossa volta.
Este filme foi-me recomendado pela Dora Santos Marques do canal Books and Movies e em boa hora ela o fez. Fiquei rendida ao enredo e ás subtilezas do argumento. Posso dizer com segurança que este é um dos meus filmes do ano de 2016, senão um dos favoritos de sempre, aquele panteão que todos nós temos.

O filme começa com Ben e os seus 6 filhos, com idades compreendidas entre os 18 e os 5 anos de idade e que vivem no meio da floresta, completamente "off the grid", ou seja, vivem o mais naturalmente possível: sem telemóveis, internet, tv, sem contas bancárias ou cartões de crédito. Os miúdos são ensinados em casa pelo pai e pela mãe (inicialmente ausente) e têm uma disciplina rigorosa de muito exercício físico e estudo. Acima de tudo, são tratados como adultos e seres pensantes, lendo e se instruindo na vasta biblioteca existente no Steve, o autocarro modificado em que a família se desloca, que é praticamente outra personagem do filme.



Tudo começa quando a mãe morre e os sogros do Ben recusam-se a honrar os últimos desejos da filha, que era ser cremada. Os sogros não gostam muito do Ben, como se vai percebendo ao longo do filme. Consideram que ele é a razão de a filha ir viver "para o meio do mato". Querem que Ben não venha ao funeral da própria mulher. Ben e os filhos têm então que sair do seu cantinho na floresta para prestar a última homenagem à mãe e esposa e tentar fazer com que os pais dela vejam a razão, deixando para isso a sua vida tranquila  e arredada da sociedade para trás e mergulhando de cabeça em todos os seus elementos, estranhos para os miúdos.

Este é o ponto de partida para um filme que me abalou e fez pensar em muitos aspetos enquanto mãe, enquanto cidadã e até enquanto ser humano.
Ben, ao tentar fazer cumprir os desejos de Claire, vai se expor ao criticismo inerente da sociedade, que se manifesta sempre que existe algo que não compreende ou que saia um pouco fora da norma. Vai ser criticado pela sua forma de educar e de criar o seus filhos, o não se vestirem como as outras pessoas, o não irem à escola, o não saberem referências da cultura pop, etc. Isto, ao mesmo tempo que tenta fazer o seu luto, lidar com a sua dor e com a dor dos filhos, deixados sem mãe.




Mas pensando bem: porque é que ele é que está errado? Ele e a sua mulher escolheram um estilo de vida mais natural, de modo a educarem os seus filhos para serem fortes, independentes e a saberem pensar pela sua cabeça, além de terem uma cultura geral a um nível estratosférico. Não será a sociedade atual um poço de distrações e fugas onde o lema é o seguidismo, o não ser diferente, a medianidade?




O filme prossegue em tom de crítica à sociedade americana ( e de um modo geral, global) onde se apontam as graves falhas estruturais no modelo de sociedade vigente.
Adorei a relação entre pai e filhos, onde mesmo estando retirados da "sociedade normal" o filho mais velho experiencia a rebeldia típica da adolescência



depois, temos as gémeas atléticas e sonhadoras, e os miúdos mais pequenos a quererem imitar o maiores em tudo.

Com interpretações espetaculares de todos sem exceção, destaco o Nai, o filho mais novo, que adorei na sua precocidade e na sua inocência também.



Em jeito de conclusão deixo esta pergunta no ar: será que as gerações vindouras estão a ser educadas e preparadas como deviam? Enquanto pais e educadores, é assunto para grande reflexão.....

Deixo-vos com o lema desta família

"Power to the people! Stick it to the man!"


Kisses da vossa Geek

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016















EXPECTATIVAS VERSUS REALIDADE



Geeks desta página, quem nunca se sentiu defraudado com um livro?

Pois é...sempre que vou classificar um livro no Goodreads, com uma classificação baixa - pois para este expectativa vs realidade não entram as surpresas boas - confronto-me com esta questão: o que é que se passou? Peguei neste livro com uma expectativa e foi tudo ao contrário!

Com esta premissa pensei que, por mais que não queira ler sinopses, opiniões e demais informações sobre o livro, faço sempre uma ideia geral do que irá tratar - e se me irá agradar. Quanto mais não seja o género em que se insere. A partir desta informação, irei fazer assunções sobre o que esperar desta leitura, que tipo de ritmo irá ter o livro.
Não acredito em "ódios" a livros - simplesmente há livros que são para mim e outros que não são para mim. Cada livro tem o seu leitor e está muito bem assim: o que para mim não me tocou e até me irritou o tempo que eu despendi a ler esse livro, pode ser a leitura do ano ou da vida para outra pessoa. Embora haja livros que categorizamos como mais "sérios" ou mais "light", todos são necessários. Sendo eu uma leitora de diversos géneros literários, é bom ter esta panóplia á disposição, para ir intercalando as leituras mais "pesadas" e reflexivas com algo que me descontraia e que me impulsione a virar páginas.
Mas a questão das expectativas tornou-se um fator, a meu ver, que faz ou destrói uma experiência de leitura.

Vamos começar pelo marketing da editora e do mundo editorial num todo. Não raras vezes há livros que são comercializados com determinado rótulo, para serem mais vendáveis ou ainda comparados a algum best-seller - as famosas "se gostou de...então vai gostar deste", o que me deixa sempre bastante de pé atrás para ler, pois nunca é remotamente parecido com  o best-seller a que as editoras, numa ânsia de vender, os comparam. Para mim, esse tipo de marketing não funciona ou em casos extremos funciona ao contrário. Tenho o exemplo recente do livro You, Me and Other People, que foi rotulado como thriller, a sinopse dá toda a sensação disso, quando a meu ver este livro estará mais dentro do romance contemporâneo, com um drama no seu centro. Nada mais e nada menos. E estaria bem, se me tivessem vendido este livro tal pelo que ele é. A pontuação foi baixa porque me senti enganada nas minhas expectativas.




Depois, temos as opiniões de outros leitores, que por vezes nos podem dar a ideia errada do que o livro é e se é ou não para nós. Todos nós conhecemos o mundo do Booktube e que mundo maravilhoso ele é! Muitas boas recomendações já eu retirei dele. Mas nos primeiros tempos após descobri-lo e, sem ter noção do que as pessoas que eu via gostavam de ler, qual o percurso delas enquanto leitoras, influenciei-me com alguns títulos que, mais tarde percebi, não eram para mim. Continuo a retirar imensas recomendações, mas agora já sei quais as pessoas que têm uns gostos parecidos e que sabem transmitir a sua experiência com o livro.

Por último e não menos importante, os autores auto-buy: aquele autor que livro após livro nunca nos defraudou, que compramos sem pestanejar e nem olhar à sinopse assim que um livro novo cai nos escaparates das livrarias, mas que escreve algo que sentimos não estar ao nível dos outros livros e ficamos desiludidos e de pé atrás quanto a comprar mais livros desse autor tão adorado.

No meio disto tudo há fatores que não se pode descartar e que influenciam qualquer uma destas hipótese que apresentei. E é tão simplesmente o livro errado na altura errada. Há determinados livros que necessitam de uma determinada disposição de espírito para os ler e que, se formos ler fora deste timing, tornam-se odiosos e fastidiosos, impedindo-nos de desfrutar dessa leitura como poderíamos.

E vocês, o que me dizem? Têm destas dificuldades ou sou só eu?

Kisses da vossa Geek

terça-feira, 6 de dezembro de 2016















Votação no Clube  dos  Clássicos Vivos



Olá meus Geeks!

Vamos todos votar para a eleição do clássico a ser lido em Janeiro e Fevereiro de 2017?




Kisses da vossa Geek