quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Historiquices Novembro
Maria Antonieta


A rainha mais infame, mais caluniada e mais reconhecível de sempre, pela sua faustosa vida e morte trágica, simbolo de uma era a findar.
Maria Antónia nasceu em 2 de Novembro de 1755, tendo, curiosamente, como padrinhos de baptismo, os reis de Portugal - D. José e D. Mariana Vitoria.
Ela foi a penúltima dos 16 filhos da Imperatriz Maria Teresa de Áustria, que, sendo uma mulher dominante, sempre aterrorizou a sua filha, mesmo à distancia dos milhares de quilómetros que separaram o Hofburg de Versailles.
Com a morte de seu pai, a mãe de Antónia procurou alianças vantajosas para todos os seus filhos e, ela era a peça (ou peão) mais interessante, pois, com o casamento com o Delfim de França, punha-se termo à rivalidade e tensão de séculos, entre estes dois países.
Antónia foi uma criança feliz, muito embora fosse virtualmente ignorada pela sua mãe, sempre ocupada com assuntos de estado, mas tinha uma ama que lhe dava todo o conforto maternal. Mas, os estudos dela foram gravemente negligenciados por essa senhora, deixando-a assim, sem bases sólidas para assumir o seu papel de Delfina de França. 
Com o casamento, chegaram todos os problemas que, um enlace por procuração e entre monarcas tem: o casamento tardou a ser consumado, havia um sentimento anti-austríaco, até por parte do seu esposo e ela nunca foi realmente aceite em França, na corte, como Delfina e mais tarde, como Rainha. Procurou distração do deserto emocional que a rodeava na moda, nos jogos de azar, nos bailes. Mas infelizmente, isso só dispôs mais os inimigos da Coroa contra ela. Mas ela parecia que não se apercebia de nada.

Quando finalmente teve noção, já não havia nada a fazer. Ela cresceu, com os anos, ganhou algum traquejo, mas o mal já estava feito e não era pouco. E de qualquer maneira, naquela época e com o ambiente que se vivia, nem que ela fosse a melhor Rainha do mundo, iria ter exatamente o mesmo final. Foi o fim de uma era, e quando isso acontece, nada se interpõe nesse caminho.

Poder-se-á dizer que a morte de Maria Antonieta foi inevitável, sob muitos aspetos. Ela tanto foi vitima, como provocadora dessa má sorte. Penso que, devido ao clima politico e social vivido na altura, não havia escapatória possível.
Ainda assim é uma Rainha e uma personalidade fascinante e que viveu um dos períodos mais ricos da Historia mundial e que foi o percursor de muitas outras Revoluções, por esse Mundo fora.

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Kisses da vossa Geek

14 comentários:

  1. Eu escolhi um livro simples de 185 páginas: Maria Antonieta de Antonia Fraser (editora Bis).

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    1. Já li esse livro. Uma leitura fluída e nada massuda.
      Obrigada pela participação 😆

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  2. Posso rever o filme da Sofia Coppola...conta? =P

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    1. Conta...ou se quiseres ( esqueci-me de pôr nas recomendações) podes ver O Caso do Colar com a Hillary Swank. Perspetiva do caso famoso pelo lado da criminosa.

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  3. Olá!
    Olha livro não tenho e nem sei se consigo arranjar. Mas quero ver o filme. Boa?? ;)
    Beijinhos

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    1. Tá optimo Isa😁
      Mas tal como respondi à Olga, esqueci-me de pôr nas sugestões de filmes O Caso Do Colar com a Hillary Swank, que também tem tudo a ver com Maria Antonieta. Mas este filme da Sofia Coppola é espetacular!

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  4. Li o livro da Antonia Fraser em inglês - tem cerca de 700 páginas no original. Gostei muito. Estou em Paris agora, e até Dezembro, e gostava de ver alguns sítios associados com ela. Já fui a Versailles duas vezes, estou a pensar na Conciergerie, por exemplo! Achas que seria interessante? :)

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    1. Não sabia que o livro da Antonia Fraser era de 700 páginas. Eu li A Viagem e tinha cerca de 150 páginas, por onde Sofia Coppola adaptou para o seu filme. E tenho que dizer que achei essas 150 páginas altamente tendenciosas - parecia que queria por força o romance entre ela e Fersen.
      Oh que bom! E que oportunidade. Eu iria visitar a Conciergerie e o Templo, onde eles também passaram algum tempo.
      Olha boa estadia e boa viagem😁

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    2. É precisamente o mesmo livro :/ A minha edição tem 629 páginas (fui confirmar). Fiquei chocada com o tamanho da edição portuguesa, imagino o que terá sido cortado... talvez a infância de Maria Antonia na Áustria?

      A Torre do Templo acho que já foi demolida! Mas a Conciergerie acontecerá sem dúvida :)

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    3. Sim - a infância foi referida mas apressadamente, daquilo que me lembro. Não gostei muito do livro, porque a achei uma terrivel alcoviteira - só queria que ela estivesse com o Fersen....e isto insistido na maioria das paginas.

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    4. Pois, na edição original fala ainda bastante sobre a infância e a juventude e o acaso que a levou a ser rainha de França... não senti isso de todo :/ mas julgo que isso pode ter sido problema de tradução - cortarem tantas páginas fará com que o texto pareça mais focado no tema. Senti, sim, que a autora queria gerar simpatia para com Marie Antoinette, retratá-la como alguém que, no fundo, caiu de pára quedas numa corte intriguista e não tinha muito com que se entreter se não gastar dinheiro (que era o que todos os outros faziam).

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    5. Pois isso não me agradou porque para mim ela tem tanto de vitima como teve a capacidade de se desgraçar pelas próprias mãos, com a sua falta de preparação para reinar. A bio que o Stefan Zweig é mais equilibrada neste ponto.

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  5. Olá!
    Vou tentar participar ou com um livro ou com um filme. Vamos lá ver se consigo ;)
    Beijinhos

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    1. Ok Tita - vamos a isso. Se ainda não leste grande coisa sobre ela, penso que será uma figura de que vais gostar. É contraditória o suficiente, o que suscita sempre interesse.
      Beijinhos

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