O que aprendi com os Nórdicos
(em termos de policiais)
Aqui estou a incluir livros, filmes e séries, que há muitas e boas.
Todos, ou quase todos de nós, fomos contagiados com a "febre" do policial nórdico. Geralmente considerados mais hard-core, mais nus e crus, mais twisted do que os grandes escritores de policiais de qualquer outra nação - sendo que apenas me posso referir a ingleses e norte-americanos.
Aqui vão algumas coisas que parecem recorrentes nos livros, séries e filmes.
-A representação das mulheres. Tremendamente sexista e algo estereotipada: ou são amazonas misfits como a Lisbeth Salander, que, convenhamos, é uma heroína de mão cheia, ou então são uns pobres seres dependentes, manipuláveis e muitas vezes malévolos.
-As crianças. As crianças são muito negligenciadas, pouco acarinhadas, alvo de muitos abusos. Também são um pouco frios com elas, embora isso apenas se possa dever a uma diferença cultural entre povos do norte e povos mediterrânicos.
-O terror está dentro de casa. Normalmente será nas casas e nas famílias mais integradas, onde há mais esqueletos e mais situações de pôr os cabelos em pé. Ou não! Por vezes, a família desestruturada é mesmo aquilo que aparenta ser, sem um elemento redentor, o que me leva ao ponto seguinte.
-Não há assassino da motosserra aqui. O que vemos na maioria dos livros, na América, é serial-killers vindos do nada, para a esquerda e para a direita. Aqui, é mais a pessoa dita comum, mas com uma bagagem enorme a nível psicológico, que faz os estragos todos.
-Há sempre uma personagem permanente. Por norma são criadas séries em torno de uma personagem, que se vai mantendo ao longo de todos os livros e que o autor lhe cria uma vida, que vai evoluindo ao longo da série.
-Vários enredos convergentes. As histórias como que soltas ao início, e as quais temos dificuldade em acompanhar, vão todas convergir em algum ponto da narrativa e serem complementares do enredo (homicídio) principal.
-Café! A Rodos. Nunca falta esta bebida em todas as páginas. Até dá tremores só ao ler.
-Café! A Rodos. Nunca falta esta bebida em todas as páginas. Até dá tremores só ao ler.
Com tudo isto, tenho que dizer que sou fã assumida de policial nórdico e que me espantam sempre, tal como sou fã de várias séries e filmes.
São estes os aspetos que mais me chamam à atenção quando falamos em "policial nórdico". E vocês? O que associam?
Kisses da vossa Geek
Eu conheci os suecos apenas o ano passado e fiquei fã.
ResponderEliminarAté à data ainda não li nada superior a esta raça de gajos, ehehehe!
São os melhores!
Eu já sou fã há vários anos e adoro! Áparte do Homem Ausente que realmente foi uma excepção, são todos muito bons.
EliminarEu sou um fã incondicional de livros nórdicos. Adoro também, entre outros detalhes, a critica à sociedade subjacente e a forma descomplexada como escrevem. Quanto aos papeis atribuídos aos homens, por norma também não são muito melhores: ou machistas, dependentes, promíscuos, oriundos de famílias disfuncionais, complexados ou perturbados psicologicamente... Quanto ao café: (outra paixão minha) não podemos esquecer que a sua realidade (quer quanto ás condições climatéricas quer quanto às horas de luz) em muito afectam esse hábito, são para todos os efeitos os maiores consumidores de café! Gostei do blog, vou espreitar mais um pouco. ;)
ResponderEliminarDesde que comecei a ler policial/ thriller nórdico que não quero outra coisa. Acho os americanos em especial muito pudicos na abordagem que fazem. Os nórdicos são crus e descomplexados no que toca a temas - não ha nada que abordem que não seja a verdade nua e crua.
EliminarSim as personagens masculinas também não são melhores, não. Normalmente são os paus-mandados das mulhres fortes, até porque é uma sociedade marcadamente matriarcal, pelo que me é dado a entender.
Muito obrigada pelo elogio😁