Reflexões
A arte da escrita
Não acredito realmente em coincidências. Acho que há situações que se nos apresentam, em determinada altura da nossa vida e que são indicadoras de algo, que podemos conseguir interpretar ou não, mas elas estão lá.
Isto a propósito de duas leituras recentes: Paris é uma Festa e As Horas Distantes. Poderão dizer - são dispares. Sim, são! Mas têm uma vertente muito marcada: a criatividade, nomeadamente a escrita, a produção de textos. E é aí que batem as coincidências todas.
Em Paris è Uma Festa conta-se, em jeito de memória, o ambiente artístico daquele período e naquela cidade em específico. Aborda-se o processo criativo, as tricas entre escritores, amizades e inimizades que se faziam com o levantar de um copo de vinho - sim, o vinho era essencial no processo todo.
Nas Horas Distantes, o foco vai para o segredo da inspiração - de onde vem, como é utilizada e também das consequências de uma inspiração mal usada. Também do processo de escrita e como retirar mais produtividade, como ser prolífico.
A visão do escritor é escrutinada sob uma multitude de paradigmas que podem estar todos certos...ou não. Certo, é só isto que li n´As Horas Distantes: se ficar à espera da história certa, para a passar para o papel, vai-se ter é um monte de páginas vazias. O exercício da escrita é isso mesmo: exercício. A ser feito todos os dias de forma regular, e, embora possa sofrer muita edição e corte, mas sim - todos os dias, sem exceção. Já vi várias entrevistas, a autores conceituados e a resposta deles é sempre a mesma: todos os dias escrevem, não importando se se sentem mais inspirados ou não. E não há duas pessoas que, assistindo ao mesmo evento, o descrevam da mesma maneira.
Por isto tudo e por muito mais, vi ressurgir em mim a vontade antiga de escrever um livro. De quê ainda não sei, mas, mais uma vez - pois já tentei anteriormente - dar uma chance ao que me vai aqui dentro, ao que me apetece pôr para fora, independentemente se os outros gostam ou não. Porque a escrita é algo muito pessoal, em primeiro lugar. Quantas vezes ficamos frustrados com o rumo de um livro, dizemos que faríamos de outra maneira, armamo-nos em escritores e não fazemos uma reflexão simples: o autor escolheu este rumo porque quis, porque lhe fez sentido - quem somos nós para criticar isso?
Kisses da vossa Geek
Olá!
ResponderEliminarQue post giro! Adorei!
Já queria ler estes dois livros, mas agora muito mais.
Beijinhos e boas leituras
Olá Isaura
EliminarObrigada pelas tuas palavras!
A Kate Morton e aquela qualidade de contadora de histórias de sempre.
Beijinhos e boas leiturad também.
Adorei a tua reflexão. Com que então escrever um livro? Força, mulher!
ResponderEliminarAiiii, Kate Morton!!! Amo os livros dela! Tem uma escrita tão especial!
Beijinhos
Olha Tita saiu assim esta reflexão e ainda brm que gostáste. Escrever um livro é um projeto antigo sim - mas como digo: tudo acontece quando tem que acontecer. Forçar às vezes não resolve nada.
EliminarSim - a Katezinha não desilude. Adoro como ela controi enredos em linhas temporais diferentes e não nos baralha.
Beijinhos
Olá,
ResponderEliminarAdorei as tuas palavras e agora também fiquei de olho no "Paris é uma festa". Adoro conteúdo sobre o processo de escrita, e é fantástico quando também nos deixa inspirados.
Força nisso!
beijinhos e boas leituras
Olá Su
EliminarO livro do Hemingway é um bom livro ácerca dos bastidores da escrita, penso que em qualquer época, mas tem todo um ambiente artistico que inspira ao ler.
Obrigada e beijinhos
Gostei muito de ler estas tuas palavras.
ResponderEliminarDei por mim a pensar que, realmente, quando estamos muito tempo sem escrever, quase que desaprendemos, parece que as palavras não fluem tão facilmente. Pelo menos já aconteceu comigo.
Força com o projecto do livro. Ia gostar de ler =)
Quando escrever o dito, ficas minha beta-reader - pode ser?
EliminarÉ a absoluta verdade: quando se não se escreve com regularidade, até parece que nos falta vocabulário.
Beijinhos