segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Curtas e Boas #1


Inauguro aqui uma rubrica de pequenas opiniões de livros.


O meu guilty pleasure. A minha literatura de descontração total. 
Caroline divorcia-se de um gestor de fundos poderoso e deixa o seu belo apartamento em Singapura, com a sua filha adolescente a reboque e vão para a Inglaterra rural. Já se vê para recomeçar, mas com uma adolescente resmungona atrás, não é fácil. O ex-marido não paga regularmente a pensão de alimentos da filha, o que no inicio Caroline pensa que é por simples desprezo, mas, depois apercebe-se que ele estava envolvido num esquema tipo Madoff e, por isso, ficou com as contas congeladas. 
Para onde ela vai viver, arranja uma rede de amigos que a ajudam a refazer a sua vida, em todos os sentidos: voltar a ser independente e voltar a amar.
Os livros esta autora normalmente pautam-se por um romance mais ou menos açucarado, com um mistériozinho à mistura para ir contrabalançando. É algo que me agrada e que me põe a voar pelas páginas fora. A fórmula agrada e volto sempre que preciso de uma leitura descontraída.


Um thriller de mão-cheia. Atmosférico, aterrorizador em variadas alturas.
Lydia e Kirstie são gémeas totalmente idênticas e, por volta dos 6 anos de idade, Lydia morre num acidente doméstico. O livro começa depois de um ano disso acontecer, e quando os pais das meninas, Sarah e Angus,estão de partida para uma ilha remota ao largo da Escócia, um sitio que está virtualmente em ruínas, não tem estrada para lá chegar e não tem comunicações. Então, Kirstie começa a afirmar que ela é a Lydia e que foi a Kirstie que morreu. E, começa aí a baralhação e o tormento dos pais, que vai ter um desfecho surpreendente.
Adorei o ar tétrico da ilha, das coisas que não são ditas entre Sarah, Angus e Kirstie. Há todo um nível de não-comunicação, que é ,em si mesmo, revelador. As fotografias inclusas no livro, do local que inspirou o autor emprestam veracidade e um cenário à nossa mente.
Se gostam de thrillers, este é mesmo muito bom, muito bem construído e que faz pensar em bastantes aspetos, não só no mistério de qual gémea é que morreu, ao certo.

Este é um romance histórico, tendo como personagem central D. Leonor de Lencastre, Rainha e esposa de D. João II, o Príncipe Perfeito, grande impulsionador dos Descobrimentos.
O livro, sendo bastante curto, para abarcar uma vida tão cheia, é, no entanto, uma boa introdução à vida desta Rainha, que foi a patrona das Misericórdias portuguesas. Foi ela que estabeleceu o primeiro hospital termal da Europa, em Caldas da Rainha. Filha, esposa e tia de reis, ela viveu toda a sua vida no meio da corte e das suas intrigas. Conheceu todos os aspetos da corte portuguesa, no bom e no mau sentido.
Com uma escrita fluída e fácil de seguir, este é um bom livro para quem quer se iniciar na leitura de históricos.

Já leram algum destes livros?

Kisses da vossa Geek

2 comentários:

  1. Só li o As gémeas de gelo e confesso que não achei grande coisa (muito cliché). Mas eu tenho um certo problema com Thrillers (não sei se será por ser fã de filmes de terror).

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    1. Pois, eu também li alguns thrillers este ano que achri a coisinja mais fraquinha de sempre. Pareciam mais dramas. Eu gosto de livros de terror mas não de filmes heheheh mas acho que não tem nada a ver com o gostares mais ou menos de thrillers.

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